O emissário chega com a resposta do pedido de sessar fogo:
-Dáá dé bléshin blé blé blé glubn glubn.
Um silêncio se faz dentro do Chiqueirinho Central, o qual já dava sinais de desmoronamento. Ao ouvir tal mensagem o general deixa caír sua chupea que rola até os pés de um soldado que subitamente entrega-se aos prantos chamando a mamãe.O chefe da operação solta grunindo típicos grunidos típicos de bebês que traduzindo significaria "Não quero mais brincar".
Porém, entre o caos e a choradeira nosso protagonista se destaca. Ele usa um macacão azul camuflado e uma mamadeira quebrada. Tem resto de leite seco no canto da boca, que dá um tom de perigo aos olhos azuis.
Sem gaguejar cala tudo e todos. Começou como uma neblina tomando forma lentamente, mas rápidamente explodiu em gritos de confiança. Enfatiza a fraternidade: "GLUEFB!", a força e a coragem de cada um: "BLABA, BLABESH!", todos os companheiros que pagaram com a vida: "SLEPB"!
Verdade seja dita, para quem olha bebês gritando perante a um discurso bebeístico a situação era mais cômica do que inspiradora. Mas para aqueles míseros soldados, ter alguém que consiga transformar o sentimento de injustiça e indignação desta minoria em palavras (ou quase isso), era o que eles precisavam ouvir. E como sabemos do ser humano, muito mais do que verdades, ele quer ouvir o que pensa. Imagino eu eu ser algum tipo de falta de confiança ou medo.
Em meio a euforia ele diz "GLUBM BLISTOS DÁ GUGÚ!". Meio contrariados, mas ainda confiantes, os soldados armados com suas mamadeiras engatinham enérgicos para o "front" de batalha. Isto que é Oriente Médio, porque se fosse BR já seria desertor na Angola começando vida nova.
Muita gente interpreta isto como falta de patriotismo e negatividade, eu vejo como a nossa maior prova de intelectialidade e conseiência.
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