Sem muita opção ela foi. Contrariada e insegura entrou no carro, onde a colocaram vendas para caso se arrependesse. Tudo escuro sentiu aroma de pão fresco e em seguida grama verde. Sabia até aí o lugar por onde tinha passado, afinal aquela parte da cidade conhecia bem. Entretanto entrou em uma rua esburacada a qual não se lembrava bem, sentia cheiro de poeira agora e o tempo não passava.
O carro para. Após ser guiada por cômodos grades conseguiu sentir o frio do azulejo da parede.
Pobre menina, inocente acreditou no namorado. Onde estaria ele em uma hora dessas? que cidade? Ela se torturava pensando nisso aquela hora.
Exatamente um mês antes viviam a perfeição de um amor adolescente. O rapaz também muito apaixonado mergulhava na liberdade e privacidade a qual tinham no dia-a-dia. Ambos foram apresentados à camisinha na escola, e conseguiram passar nas provas. Entretanto no momento crucial, na instância eufórica da tal noite, ele fez a promessa. Foi a penúltima. Sabendo do resultado do exame ele fez a última, mas não cumpriu nem uma nem outra.
A mau dita pílula. O professor disse das chances de falha, e não deu outra. Cogitou a possibilidade de criar a criança, mas ele já tinha sumido. Então conversou com a prima. Ouvira falar que já tinha feito e tinha dado certo. Pensou que talvez não fosse tão ruim assim, talvez ela tiraria aquele problema de dentro do seu útero e voltaria a vida normal. Afinal tinha dado certo com a prima, não é mesmo?
Se enganou, como eu. Pensei que essa história poderia ter acabado diferente, a crônica tem essa exigência da grande surpresa. Gostaria de saber como surpreender você leitor. Porém, quem se surpreende com tudo isso sou eu. Depois de tanto pensar não consegui fazer com que ela tivesse o devido atendimento, pois me corta o coração escrever ficção.
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