É bizarro como ver o seu amigo cair pode ser tanto hilário, quanto trágico. Um deslize, uma pedrinha e o bípede vira quadrupede em milésimos. O bizarro é que até o momento da queda nós não expressamos reação alguma ao olhar isso, no máximo um estranhamento. Não tem como sorrir quando os olhos dele encontram com os nossos em um ato desesperado de ajuda. Bem verdade pode ser até o seu pior inimigo. Algo vai ligeiramente tocar o seu subconsciente. Temos esse instinto de ajuda, pois observamos no outro um reflexo de nós mesmos. Isso tudo é dividido em três etapas.
Primeiramente tem a fase do tropeço em que algo ali saiu errado. Quem está caindo tem plena noção do que está acontecendo, ou pelo menos forma uma ideia do que está fazendo. Ou seja, "meus braços estão livres", "minhas pernas não", "vou cair". Se não houver nada e a amebização é eminente, partimos para a próxima etapa.
A segunda parte vem antes de estar feito esta pasta no chão. Colocando-nos no lugar da pessoa, a nossa cara está a uns 30 centímetros do chão, e isso não é legal. Não se pode evitar de cair no chão, mas você pode cobrir o rosto, entretanto creio que não vai ajudar muito. Você também pode girar o corpo, assim se evita que os órgãos vitais se estrebuchem no chão. Caindo no chão vem a ultima etapa.
Toda essa preocupação pode ser extremamente ridícula e não aconteça nada com este corpo caído. Mas isso não depende mais do corpo, pois este corpo vai cair no chão, e este chão pode ser fofinho, como pode ser feito de formigas que esperam por um pedacinho de carne. E isso não é legal. Esta incerteza, quase certa que você vai ser machucar movimenta em mim, e deveria movimentar em todos uma vontade de ajudar a levantar e não à cair, pois ninguém aqui escolheu cair.
A diferença entre isso e a nossa situação politica atual é que muitos não sabem que estão caindo.
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